No garrafão congestionado, Nenê avisa: ‘Vai ser um pega-pra-capar’
Com quatro gigantes de 2,11m e um ‘baixinho’ de 2,04m correndo por fora, seleção brasileira tem sua melhor coleção de pivôs em mais de uma década
Somadas as alturas no bate-bate embaixo da cesta, eles passam de oito
metros. Há muito tempo a seleção brasileira de basquete não tem um
garrafão tão congestionado. Com idênticos 2,11m nos registros oficiais,
Nenê, Tiago Splitter, Anderson Varejão e Caio Torres caminham para os
Jogos de Londres levando nos ombros largos a missão de proteger o aro na
defesa e, sempre que possível, cravar a bola dentro dele no outro lado
da quadra. A disputa pela atenção do técnico Rubén Magnano é saudável,
mas nem por isso dispensa um festival de trombadas.
Na última vez que o elenco contou com força máxima, esta geração ainda estava largando as fraldas. Agora, com quase todos no auge das carreiras, o país volta às Olimpíadas, quebrando um jejum de 16 anos. Nos treinos que começaram nesta semana em São Paulo, Tiago Splitter é o único dos gigantes que ainda não chegou – o filho do pivô do San Antonio Spurs nasceu nesta quinta-feira, nos Estados Unidos.
Os três da NBA – Nenê, Tiago e Varejão – formam a base do garrafão, mas só haverá espaço para no máximo dois ao mesmo tempo. Sem falar no ala-pivô Guilherme Giovannoni, o “baixinho” de 2,04m que tem jogado na posição 4. Mesmo com esse engarrafamento pela frente, Caio Torres não se intimida. Durante algum tempo, o jogador do Flamengo teve dúvidas se estaria no grupo. Por linhas tortas, as lesões de Murilo e Rafael Hettsheimeir lhe abriram as portas. Ele lamenta a má sorte dos companheiros, mas se diz pronto para aproveitar a oportunidade. E aprender.
Caio ainda luta para permanecer na lista final para os Jogos de Londres, que começam no dia 27 de julho. Anderson Varejão, que não pôde lutar pela vaga olímpica no ano passado em Mar del Plata por causa de uma lesão, é figura certa no grupo que vai à Inglaterra. Ele garante que não está preocupado com a quantidade de minutos que terá no rodízio dos gigantes.
- Isso não é problema não. O mais importante é o grupo estar bem. Ali é com o Magnano, ele é que vai decidir quem vai jogar ou não. No tempo em que estivermos em quadra, temos que jogar 100%. A seleção brasileira fala mais alto neste momento – avisa o ala-pivô.
O Brasil treina em São Paulo até o dia 23 e depois segue para São Carlos, cidade onde nasceu Nenê, para a disputa do primeiro torneio amistoso da preparação, contra Nova Zelândia, Nigéria e Grécia. Anfitrião no primeiro teste, o pivô dos Wizards sabe que todo mundo vai sofrer com os treinos físicos. Não um jogador sequer que não chegue ao hotel com a expressão cansada ou reclamando dos exercícios puxados de Magnano. O pensamento, contudo, está lá na frente.
- O objetivo não é chegar 100% para o amistoso, é chegar 100% para as Olimpíadas. É estar preparado, não só fisicamente. Esse é o trabalho que estamos fazendo - afirma Nenê.
Nenê volta à seleção cinco anos depois de seu último torneio oficial (Foto: Gaspar Nóbrega / Inovafoto)
- Vai ser um pega-pra-capar (risos). Ali é um espaço de gente grande,
vai ter bastante contato. São muitos jogadores de qualidade e talento. É
uma bênção o que nós temos no garrafão – elogia Nenê, do Washington
Wizards, com o sorriso aberto na volta à seleção cinco anos após
disputar seu último torneio oficial, no Pré-Olímpico de Las Vegas.Na última vez que o elenco contou com força máxima, esta geração ainda estava largando as fraldas. Agora, com quase todos no auge das carreiras, o país volta às Olimpíadas, quebrando um jejum de 16 anos. Nos treinos que começaram nesta semana em São Paulo, Tiago Splitter é o único dos gigantes que ainda não chegou – o filho do pivô do San Antonio Spurs nasceu nesta quinta-feira, nos Estados Unidos.
Os três da NBA – Nenê, Tiago e Varejão – formam a base do garrafão, mas só haverá espaço para no máximo dois ao mesmo tempo. Sem falar no ala-pivô Guilherme Giovannoni, o “baixinho” de 2,04m que tem jogado na posição 4. Mesmo com esse engarrafamento pela frente, Caio Torres não se intimida. Durante algum tempo, o jogador do Flamengo teve dúvidas se estaria no grupo. Por linhas tortas, as lesões de Murilo e Rafael Hettsheimeir lhe abriram as portas. Ele lamenta a má sorte dos companheiros, mas se diz pronto para aproveitar a oportunidade. E aprender.
Caio Torres diz estar aprendendo muito com os
colegas de treino (Foto: Gaspar Nóbrega/Inovafoto)
- É como se fosse um doutorado no basquete. Estou aprendendo tudo, né.
Eu sempre fui de observar muito. Estar com eles é um sonho, um
aprendizado. É só animal. Eu pensava que era mais forte, mas agora estou
tomando pancada para todo lado – diverte-se Caio.colegas de treino (Foto: Gaspar Nóbrega/Inovafoto)
Caio ainda luta para permanecer na lista final para os Jogos de Londres, que começam no dia 27 de julho. Anderson Varejão, que não pôde lutar pela vaga olímpica no ano passado em Mar del Plata por causa de uma lesão, é figura certa no grupo que vai à Inglaterra. Ele garante que não está preocupado com a quantidade de minutos que terá no rodízio dos gigantes.
- Isso não é problema não. O mais importante é o grupo estar bem. Ali é com o Magnano, ele é que vai decidir quem vai jogar ou não. No tempo em que estivermos em quadra, temos que jogar 100%. A seleção brasileira fala mais alto neste momento – avisa o ala-pivô.
O Brasil treina em São Paulo até o dia 23 e depois segue para São Carlos, cidade onde nasceu Nenê, para a disputa do primeiro torneio amistoso da preparação, contra Nova Zelândia, Nigéria e Grécia. Anfitrião no primeiro teste, o pivô dos Wizards sabe que todo mundo vai sofrer com os treinos físicos. Não um jogador sequer que não chegue ao hotel com a expressão cansada ou reclamando dos exercícios puxados de Magnano. O pensamento, contudo, está lá na frente.
- O objetivo não é chegar 100% para o amistoso, é chegar 100% para as Olimpíadas. É estar preparado, não só fisicamente. Esse é o trabalho que estamos fazendo - afirma Nenê.
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